TI é o setor que mais cresce em demandas por profissionais

 TI é o setor que mais cresce em demandas por profissionais

As grandes, médias, pequenas e microempresas vivem hoje uma nova realidade devido ao surgimento da pandemia da Covid-19 e, com o isolamento social e as outras orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), milhões de colaboradores tiveram que trabalhar de suas próprias residências. O “novo normal” corporativo passou a contar ainda mais com o home office e as organizações estão apostando todas as suas fichas nas plataformas e programas ligados às “nuvens”. Com este cenário mundial, os profissionais da área de Tecnologia da Informação estão sendo ainda mais requisitados. Durante a quarentena, as pessoas também utilizam mais seu tempo para o entretenimento e, com isso, a indústria dos jogos digitais ganhou mais força nos games, na educação e no RH.

Outra tendência que estamos acompanhando é a criação de hotsites individuais ou coletivos para vendas de produtos que vão do setor de beleza até os famosos eletroeletrônicos. Estes sites estão substituindo temporariamente, ou não, as lojas físicas. O uso da inteligência artificial também já se apresenta como um caminho sem volta e cresce exponencialmente.

O setor de tecnologia é um dos que mais crescem no Brasil e no mundo. Segundo dados do Banco Mundial, até 2024 haverá a criação de novas 420 mil vagas na área de Tecnologia da Informação. O crescimento do número de oportunidades, porém, ainda é razoável se comparado ao aumento significativo do uso da tecnologia. Na visão de Guilherme Jaime, Gestor Acadêmico Nacional da Área da TI da Estácio, a demanda por mão de obra qualificada será ainda maior, o que certamente gerará ótimas oportunidades para egressos dos cursos da área.

“No Brasil, atualmente, o déficit é de aproximadamente 200 mil vagas, podendo chegar em 2024, a até 620 mil. Em qualquer lugar do planeta, os cursos de TI são os mais procurados e o Brasil também caminha cada vez mais nessa direção. Já temos, por exemplo, renomadas empresas de desenvolvimento de software em todas as regiões brasileiras. Temos grande potencial na área”, explica o especialista.

O setor de TI oferece várias possibilidades para quem pretende atuar no mercado. O profissional da área encontra oportunidades de trabalho em todos os setores da economia, tanto no setor privado quanto no público, incluindo o transporte, as empresas de telecom, a indústria, o comércio, a saúde, o entretenimento, entre outros. — Os cursos desta área ainda não são tradição aqui no Brasil, diferentemente do que acontece em outros países e, por conta disso, é bem comum que os cidadãos não saibam qual é a diferença entre esses cursos e quais serão suas funções.

Segundo dados do LinkedIn, das 15 profissões emergentes em 2020 mapeadas pela rede social profissional no Brasil, nove estão diretamente relacionadas à Tecnologia da Informação. “Seguindo este contexto do setor de TI, as formações em Desenvolvimento de Sistemas e a Gestão de Infraestrutura e Comunicação de Redes, se destacam, respectivamente, como base de construção deste cenário em crescimento”, analisa Emmanoel Monteiro, coordenador dos cursos de Tecnologia na Estácio Natal.

Segundo o especialista, o que um pretendente ao ingresso nesta área de TI deve fazer antes de escolher o seu caminho profissional é conhecer sobre cada atividade, cada profissão, visto que há uma grande variedade. Para se ter uma ideia, o Ministério da Educação (MEC) organizou um catálogo com dezoito cursos superiores para a Área da Tecnologia da Informação, sendo quatro bacharelados e catorze Cursos Superiores de Tecnologia (CSTs).

“Por exemplo, cursos de graduação como Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Tecnologia em Redes de Computadores focam no desenvolvimento de competências fundamentais para sustentabilidade e maximização do poder de competitividade das organizações, cada qual com suas características específicas”, expõe.

O professor explica ainda que, no caso de Análise e Desenvolvimento de Sistema, este curso visa capacitar o profissional a desenvolver, analisar, projetar e implantar sistemas de informação, informatização e automação, de forma a suprir as necessidades crescentes das empresas de todos os portes quanto à otimização, visando o aumento da competitividade.

Já o curso de Redes de Computadores prepara o profissional para elaborar, implantar e gerenciar projetos lógicos e físicos de redes de computadores locais e de longa distância otimizando o processo de comunicação das organizações. “São níveis de atuação diferentes com distintas competências e que devem ser observadas com atenção na hora de escolher o curso”, ressalta.

Monteiro complementa expondo que, apesar das diferenças, conhecimentos envolvendo Computação em Nuvem, Aplic. De Cloud, Iot, Indústria 4.0, Segurança e Direito Cibernético devem ser abordados em ambos contextos de formação, pois cada profissional tem o seu nível de atuação, com processos específicos, para construção destas competências organizacionais.

“Também podemos destacar algumas pós-graduações para quem já é graduado em alguma área relacionada e deseja desenvolver competências em níveis específicos como: Arquitetura e Projetos de Cloud Computing, Desenvolvimento Mobile e Segurança Da Informação”, complementa.


De mecânico de automóveis a engenheiro de software

Danilo Gomes, 39, atualmente trabalha como engenheiro de software. Mas, até 10 anos atrás, seu ambiente de trabalho era uma oficina de automóveis. “Eu queria mudar de área, pois já estava com 29 anos e não via muitas possibilidades de evoluir mais na profissão que eu tinha, como mecânico de automóveis. Então, conversando com um amigo ele me perguntou o que eu sabia fazer e eu disse ‘lidar com máquinas’, foi quando ele me emprestou um livro de arquitetura de computadores. O livro era voltado mais para o hardware e eu já conhecia um pouco e fiquei mais interessado em saber como o software gerenciava as coisas”, relata.

Foi quando no segundo semestre de 2009, ele iniciou o curso Análise e Desenvolvimento de Sistemas na Estácio Natal e viu sua vida dar um giro de 180º. “A formação é muito importante, pois abre um leque de possibilidades, no meu caso ser formado me ajudou muito e, inclusive, era requisito mínimo na empresa em que trabalho hoje. Sem a formação adequada, eu não teria a possibilidade de estar trabalhando onde estou”, conta.

O pequeno passo proporcionou grandes voos para Danilo. Após atuar em diversas empresas do ramo de tecnologia e de comunicação no Rio Grande do Norte, atualmente ele está em São Paulo trabalhando em uma multinacional de entretenimento e comunicação.

Com a certeza de que o ensino pode mudar um caminho, ele não pretende parar de estudar. “Estou sempre me aperfeiçoando e, inclusive, estou fazendo um curso complementar neste exato momento. Quem trabalha com TI sempre tem que estar se aperfeiçoando, estudar faz parte de todo o processo”, destaca.

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