Retomada dos eventos deve ter quatro fases a partir de setembro

 Proposta apresentada ao setor pelo Governo do Estado ainda não é definitiva e prevê o retorno gradual dos eventos, começando por aqueles com até 100 pessoas (limitados à capacidade de uma a cada 12 m²) e sem entretenimento

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Legenda: Segundo Arialdo Pinho, o Revéillon de Fortaleza deve acontecer, mas modelo só deve ser definido em outubro

Foto: José Leomar


A retomada do setor de eventos no Ceará, que ocorrerá a partir do início de setembro, segundo afirmou ontem (25) o secretário do Turismo do Estado (Setur), Arialdo Pinho, deverá ser dividida em quatro fases gradativas. A informação foi confirmada ao Diário do Nordeste pelo titular da Pasta e detalhada por fonte ligada ao setor.

A reportagem apurou que a retomada dos eventos terá quatro fases, divididas em transição e fases 1, 2 e 3 (veja detalhes no fim da matéria). “Falta ainda eles (Governo do Estado) lançarem o protocolo com as definições. A ideia proposta foi de reabrir o setor a partir do início de setembro. Eles vão fazer o decreto e o protocolo. A ideia é começar com um número de pessoas menor e isso pode aumentar com as fases. Não tem nada decidido ainda. Foi uma proposta apresentada pelo Governo do Estado”, explicou. 

No detalhamento preliminar, a fase de transição teria duração de sete dias e permitiria a realização de eventos para até 100 convidados e sem entretenimento. “Não pode ter música porque agrega as pessoas e ficaria o horário limitado até às 23h, com ocupação de uma pessoa por 12 metros quadrados (m²)”, disse a fonte ao Diário do Nordeste. 

A Fase 1, com duração de 14 dias, teria a capacidade de ocupação dos eventos corporativos ampliada a uma pessoa a cada 7 m² e, de outros tipos, a uma pessoa a cada 12 m².

“As fases 2 e 3 também teriam duração de 14 dias. Na fase 2, os eventos em ambientes externos estariam limitados a 300 pessoas, sendo uma pessoa a cada 7 m² nos eventos corporativos e 12 m² nos demais eventos. Na fase 3, também seria a mesma metragem, mas os ambientes internos seriam para até 300 pessoas e os eventos em ambientes externos limitados até 1.000 pessoas. Essa é a proposta do Governo”.

Consultado, Pinho confirmou apenas a possível divisão em fases, mas preferiu não dar detalhes. “Eu sei que vai ter fases e que o setor começa a voltar agora em setembro. Os detalhes quem vai dizer é o governador (Camilo Santana)”, disse. 

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Repercussão

Para a presidente do Sindicato das Empresas Organizadoras de Eventos e Afins do Estado do Ceará (Sindieventos-CE), Circe Jane Teles da Ponte, o diálogo com o Governo continua. Ressalta que é necessário retomar as operações do setor respeitando os protocolos.

“A gente acha que o imprescindível é retomar com qualquer número. Cem pessoas já seria um começo e agrada a muitos eventos que precisam recomeçar. Já é uma satisfação a gente fazer isso. O nosso diálogo com o Governo felizmente continua. Isso é importante porque eles precisam enxergar o impacto do setor”, comentou ela sobre a possível retomada gradual. 

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-CE), Régis Medeiros, disse que o retorno dos eventos vai influenciar diretamente na ocupação hoteleira da Capital cearense. “Os eventos são bem importantes para a cidade de Fortaleza, ajudam na ocupação e vão ser retomados gradualmente, mês a mês”, afirmou.

Segundo ele, a taxa de ocupação na Capital está entre 10% e 12%. “Ainda está muito fraco, mas temos expectativa de melhora, com 20% a 30% de ocupação em setembro com a retomada de voos e de alguns eventos. A reabertura dos hotéis começou a ser feita em junho, outros em julho, agosto e tem gente que reabre em setembro”, explica Medeiros, confirmando a previsão de Arialdo Pinho de que toda a rede hoteleira do Estado estará aberta a partir do dia 10 do próximo mês.

Réveillon

Durante transmissão ao vivo no portal Mercado & Eventos, Arialdo Pinho disse que deve acontecer o Réveillon em Fortaleza, mas que a modelagem ainda está sendo estudada. “Acho que até no fim de outubro vamos ter uma resolução. Que vai acontecer Réveillon, deve acontecer. Agora qual o modelo, se vai ser aberto ao público, restritivo, ou se as festas vão ter que fazer testes 72h antes, estamos vendo os modelos. Temos a capacidade de atender até 10 mil testes por dia”, afirmou. 

Segundo ele, é preciso avaliar com prudência a festa de fim de ano. “A gente tem que avaliar muito como vai estar a pandemia até lá, como a gente vai se comportar. Tem alguns destinos que estão vendendo o Réveillon. Eu acho uma imprudência, acho que temos de ser conservadores, esperar até outubro e fazer com segurança”, completou. 

Confira as fases de retomada dos eventos:

Fase de transição

- Espaços privativos para até 100 convidados;

- Sem entretenimento e funcionamento até as 23h;

- Capacidade: 1 pessoa a cada 12 metros quadrados;

- Duração: 7 dias

Fase 1

- Corporativos: 1 pessoa por 7 m²;

- Demais eventos: 1 pessoa por 12 m quadrados;

- Duração: 14 dias

Fase 2

- Em ambientes externos, limitados a até 300 pessoas;

- Corporativos: 1 pessoa por 7 m²;

- Demais eventos: 1 pessoa por 12 m²;

- Duração: 14 dias

Fase 3

- Em ambientes internos, limite de até 300 pessoas, com mesma capacidade da Fase 2;

- Em ambientes externos, limite de até 1.000 pessoas;

- Duração: 14 dias

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