Paróquias da Arquidiocese da Capital preparam volta gradativa à missa presencial a partir do dia 5 de setembro. Comissão define protocolo para convivência segura
Após cinco meses sem celebrações presenciais, as comunidades católicas que compõem a Arquidiocese Metropolitana de Fortaleza organizam retorno, a partir do dia 5 de setembro, para o encontro físico com os fiéis. A volta foi comunicada nesta quinta-feira (27) em circular assinada pelo arcebispo da Capital, Dom José Antônio Tosi Marques.
Além de autorizar a retomada gradativa, a carta elenca uma série de medidas sanitárias a serem seguidas pelas unidades. As medidas seguem valendo durante todo o período de pandemia.
No protocolo elaborado pela Arquidiocese estão as medidas de saúde já adotadas para ambientes compartilhados, como o uso obrigatório de máscara, distanciamento social e uso de material higiênico, como o álcool em gel. Parte das ações com os católicos em grupo de risco permanece: a circular recomenda que os mais vulneráveis à Covid-19 continuem acompanhando as cerimônias virtuais durante os finais de semana, período de maior circulação nos centros. A entrada desses grupos, contudo, é permitida durante a semana.
Veja como serão as adequações:
Missas
As comunidades estão autorizadas a expandir o número de missas para evitar aglomerações aos sábados, a partir do meio-dia, e domingos. O documento aponta que cada sacerdote poderá celebrar até, no máximo, 4 missas. Os ambientes devem ser arejados e ventilados, por, no mínimo, 30 minutos entre uma cerimônia e outra. Neste intervalo, as superfícies serão higienizadas.
Segundo o documento da Arquidiocese, uma equipe da comunidade deve receber os fiéis. Nessa triagem, a temperatura corporal será auferida. Em seguida, o frequentador será encaminhado para o acento, já demarcado com o distanciamento seguro de 2 metros. Famílias e pessoas que residem na mesma casa podem sentar juntos.
Durante a comunhão, os fiéis devem manter distanciamento seguro e retirar as máscaras apenas antes de receber a hóstia. É possível que algumas unidades marquem no chão da paróquia a posição ideal. A hóstia será distribuída nas mãos e todos devem comungar na frente dos ministros. Quem está no grupo de risco poderá comungar em casa, assim como o fiel que estiver ou se sentir doente. Basta entrar em contato com a equipe da Pastoral e indicar o endereço.
Durante a Oferenda, o recolhimento de ofertas e dízimos não será feito internamente. O recebimento acontecerá na saída da Igreja, segundo os critérios de segurança.
Cerimônias
Em caso de batismo, o ritual deve ser realizado com poucas crianças para evitar aglomeração. As igrejas estão autorizadas a criar uma lista de revezamento de padres para a cerimônia. Todo o ritual pode ser feito dentro da Igreja. A Unção pré-batismal permanece e o pároco deverá descartar o algodão utilizado na benção de maneira apropriada. As águas, contudo, devem ser trocadas entre um batizado e outro.
Na crisma, os crismando e os ministros devem usar máscaras de proteção no momento da Unção. Além disso, o registro da cerimônia está suspenso e deve ser realizado somente pela pastoral da Comunicação, desde que seguidas as normas de higienização. Durante a saudação da paz, o contato deve ser evitado.
Os casamentos também devem seguir as orientações gerais. Porém as alianças devem ser manipuladas apenas pelos noivos. A organização cerimonial precisa seguir as recomendações estabelecidas em cada paróquia. Dessa maneira tapetes, iluminação e rituais secundários estão proibidos.
Atividades em grupo
Procissões, caminhadas, festas de celebração, romarias e outras cerimônias realizadas em grupo permanecem suspensas. A medida vale também para acampamentos e atividades similares.
Retiros e atividades pastorais, realizadas em espaços eclesiásticos, seguirão às recomendações das autoridades sanitárias e da Autoridade Diocesana. Já ações formativas, como a catequese, continuam a ser realizadas sob orientação da Coordenação Arquidiocesana da Pastoral.
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