Brasil já assegurou 196,4 milhões de doses quando somadas as vacinas CoronaVac, a russa Sputnik V, e a britânica de Oxford

 

A corrida pelas vacinas contra o novo coronavírus já havia começado muito antes de elas sequer terem entrado na última fase de testes. Em junho, o Reino Unido investiu 79 milhões de dólares no programa de Oxford em troca de receber 30 milhões de doses. Já os Estados Unidos asseguraram 300 milhões de doses da mesma vacina ao assinar um acordo de até 1,2 bilhão de dólares com a farmacêutica britânica AstraZeneca.

No total, o Brasil já assegurou 196,4 milhões de doses quando somadas as vacinas Coronavac, a russa Sputnik V, e a britânica de Oxford e da AstraZeneca, enquanto o Canadá fez um acordo para receber 100 milhões de doses somente da proteção desenvolvida pela Pfizer, bem como a Nova Zelândia, que receberá 1,5 milhão de doses.

Esta semana foi recheada de boas notícias, o que pode acabar acirrando ainda mais a luta para quem vai levar as primeiras doses de cada uma das imunizações produzidas mundialmente.

Nesta quarta-feira, a vacina desenvolvida pela farmacêutica Pfizer em parceria com a alemã BioNTech apresentou uma eficácia de 95% em testes de fase 3. Segundo a companhia, a taxa de eficácia tem como base 170 casos de covid-19 que foram observados no estudo, sendo que 162 pessoas infectadas estavam recebendo doses de placebo e não da vacina. O resultado, segundo a Pfizer, foi similar em indivíduos apesar de sua faixa etária, raça ou etnia.

O novo resultado traz ainda mais esperança para acabar com uma pandemia que já matou mais de 1,3 milhão de pessoas no mundo todo. A Moderna afirmou nesta segunda-feira, que sua vacina foi capaz de reduzir as infecções em 94,5%. Se em alguns casos ambas as vacinas forem tomadas em conjunto, as chances de uma proteção mais eficaz podem aumentar ainda mais.

Outro estudo publicado na The Lancet apontou que a Coronavac, também testada no Brasil, é segura e foi capaz de criar anticorpos em 97% de 700 voluntários que participaram da fase de testes 1 e 2 na China.

Para cada uma dessas vacinas, e também para as outras que estão em desenvolvimento ou que já estão sendo testadas, existe uma fila e garantia de doses que serão entregues pelas empresas responsáveis.

O estado de São Paulo, por exemplo, fez um acordo com o Sinovac para receber 46 milhões de doses, sendo que 6 milhões virão prontas da China, enquanto as outras 40 milhões devem ser produzidas in loco no Brasil, em uma fábrica que está sendo construída pelo Instituto Butantan.

A União Europeia já reservou 850 milhões de doses de vacinas variadas. No Reino Unido, foram reservadas 280 milhões de doses em acordos. Os Estados Unidos, epicentro da covid-19 no mundo, já fizeram um acordo que os fará receber 1,4 bilhão de doses de quase todas as vacinas em desenvolvimento — com exceção das chinesas, da russa e da indiana.

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