Uma potencial vacina contra o novo coronavírus desenvolvida por uma unidade do China National Pharmaceutical Group (Sinopharm) aparentou ser segura e desencadeou respostas imunes baseadas em anticorpos em testes iniciais e intermediários, disseram os pesquisadores.
A candidata a vacina já chegou ao último estágio de julgamento. A Sinopharm está testando seu imunológico nos Emirados Árabes Unidos em um ensaio de fase 3 que deve recrutar 15.000 pessoas, já que a China tem poucos novos casos para expor voluntários ao vírus.
A estatal também fornecerá doses ao Paquistão como parte de um acordo experimental, informou o Wall Street Journal.
A injeção não causou efeitos colaterais graves nos primeiros voluntários testados, de acordo com um artigo publicado nesta quinta-feira no Journal of the American Medical Association (JAMA) por cientistas que fazem parte da Sinopharm e de outras autoridades chinesas de controle de doenças e institutos de pesquisa.
Os resultados foram baseados em dados de 320 adultos saudáveis, em estudos de fase 1 e 2.
A candidata a vacina desencadeou respostas robustas de anticorpos em pessoas inoculadas, mas permaneceu desconhecido se isso era suficiente para prevenir a infecção por COVID-19, disseram os pesquisadores que desenvolveram a vacina no artigo.
O presidente da Sinopharm disse à mídia estatal no mês passado que uma vacina em potencial poderia estar pronta no final deste ano, com testes de fase 3 previstos para serem concluídos em cerca de três meses.
O novo coronavírus, que matou mais de 750.000 pessoas em todo o mundo, gerou uma corrida para desenvolver uma vacina. Mais de 150 vacinas candidatas estão sendo desenvolvidas e testadas em todo o mundo.
A Rússia se tornou o primeiro país a conceder aprovação regulatória a uma vacina após menos de dois meses de testes em humanos, e uma injeção desenvolvida pela empresa chinesa CanSino Bilogics foi liberada para uso nas forças armadas.
A China está liderando o desenvolvimento de pelo menos oito vacinas candidatas em diferentes estágios de testes clínicos.
CNN BRASIL
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