Especialista destaca ganhos que a modalidade digital do Enem trará já a partir deste ano

Quando tiver uma nova data definida pelo Ministério da Educação, o Exame Nacional do Ensino Médio terá uma novidade na sua aplicação. Pela primeira vez, parte dos candidatos fará as provas no ambiente digital. O objetivo é tornar o Enem mais moderno e reduzir custos. A modalidade escrita deve ser extinta completamente até o ano de 2026 e a frequência de aplicação da prova poderá ser ampliada em até quatro vezes por ano até lá, dando maiores oportunidades para os estudantes realizarem o exame que dá acesso às universidades. Esse novo modelo de avaliação será o tema da próxima live da Escola Robô Ciência, que acontece no dia 16 de junho, com transmissão ao vivo no Instagram (@robociencia) e no Youtube.
Para o professor de física e diretor da Escola Robô Ciência, Alexandre Amaral, a digitalização da aplicação da prova será mais eficiente e tem o potencial de diminuir significativamente os custos de inscrição para os estudantes no futuro, já que uma prova completamente digital não terá os gastos com logística. Ele ainda destaca os ganhos para os conteúdos que serão explorados, além da possibilidade do uso da inteligência artificial.
“A prova digital poderá implementar questões com recursos audiovisuais, expandindo as possibilidades e variedades de perguntas para avaliar os alunos. Poderá também abrir as portas para a possibilidade de uso de redes neurais e inteligência artificial, como, por exemplo, usar a tecnologia AI de processamento e reconhecimento de texto avançado de empresas como a Tolstoy. Essa tecnologia pode ser usada para corrigir as redações de forma até mesmo mais consistente do que corretores humanos, em questão de segundos”, detalhou o professor.
A prova digital será aplicada para mais de 100 mil alunos em 110 cidades brasileiras e terá o mesmo nível de dificuldade do modelo tradicional. Segundo o Ministério da Educação, essa garantia é dada pela Teoria de Resposta ao Item (TRI), o modelo de correção utilizado no Enem. A TRI avalia se o estudante consegue resolver os itens fáceis, medianos e difíceis para identificar seu nível de conhecimento naquela área. O candidato é avaliado dentro de um contexto geral, e não isoladamente.
“A TRI consegue identificar os chutes do candidato. Quando ele acerta questões fáceis, nenhuma média e algumas difíceis, por exemplo, o sistema entende que não existe um comportamento coerente vindo do candidato, identifica um padrão de resposta aleatória. Porque não é normal alguém ter conhecimento básico e avançado num mesmo tema, mas pecar no conhecimento médio. A TRI ainda considera esses acertos, mas atribui uma pontuação menor para eles”, exemplificou Amaral.
Para o professor, o processo de aceleração tecnológica vivido atualmente também deve ter impactos no Enem do futuro, com o uso cada vez maior da tecnologia a favor dos estudantes. “Tudo indica que o Enem está seguindo as tendências internacionais dos testes de admissão para universidades. Certamente, veremos maior uso de tecnologia digital para tornar os testes das futuras edições do ENEM mais seguras, efetivas em testar o entendimento dos alunos, aplicadas com maior frequência e com menor custo para os estudantes”.
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SKA COMUNICAÇÃO

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